Pular para o conteúdo principal

Vencemos. Mas ainda não é o bastante


Jesus salvou o Brasil. Sim, esse trocadilho é ruim e batido, mas foi o que realmente aconteceu em Berlim, onde Gabriel Jesus marcou o gol da vitória da seleção brasileira no amistoso contra a Alemanha, por 1 a 0.


Foto: CBF

Foi o reencontro das duas seleções após o histórico 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo de 2014, em partida disputada no Mineirão. A vitória foi importante para o Brasil e confirma ao mundo que nossa seleção está de volta à elite, mais qualificada e mais organizada que àquela de Felipão.

Nosso time é forte em todas as posições. Mesmo sem a estrela da companhia, o craque Neymar, o técnico Tite conseguiu manter o padrão de jogo do Brasil com um futebol compacto, coletivo, forte na marcação e eficiente no ataque. Coutinho, Jesus, William, Douglas Costa, Alisson, Ederson, Miranda, Marquinhos, Thiago Silva, Marcelo, Dani Alves, Casemiro, Paulinho, enfim, dispomos de excelentes jogadores, nos quais depositamos toda confiança na conquista do hexa.

Mesmo assim, o triunfo sobre os alemães ainda está longe de ser considerado uma revanche do 7 a 1. Foi apenas um amistoso, não uma semifinal de Copa do Mundo disputada em sua casa. Foi apenas 1 a 0, não 7 a 1 com um baile alemão no primeiro tempo. Isso sem falar que os caras tiraram o pé na etapa final para não humilhar mais.

Foi um ponto fora da curva o que aconteceu em 2014, mas está marcado na história e sempre será lembrado. Foi culpa do Felipão, dos jogadores e, principalmente, da CBF, que caminha a passos lentos, quase parando, para fazer uma boa organização do nosso futebol. A administração é mais política do que técnica.


A revanche sobre os alemães só será plena o dia em que o Brasil devolver o placar ou vencê-los numa final de Copa do Mundo, como ocorreu em 2002, no Japão, independente do placar. Quem sabe isso se repita na Rússia? Seria legal e justo ao trabalho de Tite e cia no comando da seleção canarinha.

E só para constar, vencemos os alemães na final da Olimpíada em 2016. Mas como o contexto era outro e a competição também, não levei em consideração para classificar o resultado como uma revanche. Embora, é claro, foi uma conquista importante para o futebol brasileiro.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um erro por outro

Quarenta e oito minutos do segundo tempo, partida empatada em 2 a 2, falta polêmica marcada para o Palmeiras no meio de campo. Era o último lance do jogo, a última chance do Palmeiras de tentar fazer o terceiro gol e evitar uma enorme pressão sobre a equipe, e principalmente, ao técnico Roger Machado. Marcos Rocha ergue a bola na área do Atlético, Deyverson escora para o meio da pequena área e Bruno Henrique faz o gol. Pronto, armou-se a confusão! Árbitro Péricles Bassols    -     Foto reprodução Yahoo Esportes Esse foi o terceiro gol do Palmeiras na vitória sobre o Atlético por 3 a 2. Um gol bastante questionado pelos atleticanos, que reclamaram a marcação da falta que originou o gol. No lance, o atacante Ricardo Oliveira faz o movimento para proteger a bola, e na trombada com o zagueiro Edu Dracena, o árbitro Péricles Bassols marcou falta para o verdão. Se ele não marca, o Atlético teria uma ótima oportunidade de gol, pois tinha superioridade numér...

A Copa pune, amigo

A lista de convocados do técnico Tite, anunciada hoje, surpreendeu alguns, desagradou outros e foi bem interpretada por outros tantos. Afinal, futebol não é e nunca foi unanimidade entre torcedores, motivo pelo qual é tão apaixonante falar sobre esse esporte. Fernandinho desolado após eliminação para Bélgica    -   Foto reprodução OGlobo Por ser a primeira convocação pós Copa do Mundo, em um momento que muito se fala em renovação da seleção, era esperado que Tite fosse anunciar algumas novidades. O que me chamou mais a atenção foram jogadores que ficaram de fora da lista. Dos 23 atletas que estiveram na Rússia, apenas 13 foram convocados pelo treinador. Até ai tudo bem, se não fosse pela ausência de dois: o volante Fernandinho e o atacante Gabriel Jesus, dois dos mais criticados pela eliminação no Mundial da Rússia. O primeiro já foi sacrificado em 2014, após o trágico 7 a 1. Naquele jogo no Mineirão o coletivo não funcionou, mas Fernandinho, que atua...

Futebol raiz

Nunca será só futebol! Essa expressão ficou bastante conhecida entre os brasileiros por demonstrar através de histórias o quanto o futebol é significativo na vida de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. Uma paixão difícil de explicar, mas que mexe completamente com o psicológico de qualquer amante dessa modalidade esportiva. Foto reprodução Liga Desportiva de Pará de Minas Não apenas um sentimento resumido aos grandes clubes de futebol, como Atlético, Cruzeiro, América, São Paulo, Flamengo, Corinthians, Real Madrid, Barcelona, entre outros. É um amor bairrista, que começa com o time de futebol formado pelos amigos, com aquele time do bairro ou a equipe que representa a cidade. Quem disse que precisa ser um futebol de alto nível para encher os olhos de quem gosta do esporte? O futebol amador que o diga, pois ele envolve muito mais que uma disputa entre as quatro linhas, carrega consigo o lado social e democrático. Os jogadores podem não mostrar suas habilidades em ...