La mano del var

Boca Juniors 2 Cruzeiro 0. Poderia estar aqui falando sobre o jogo, o desempenho das duas equipes e o que foi o diferencial para a equipe argentina construir uma boa vantagem na ida das quartas de final da Libertadores. Mas o senhor Eber Aquino e a turma dos trapalhões, também conhecida como VAR, fizeram uma traquinagem contra o Dedé, contra o Cruzeiro e contra o futebol brasileiro.

Eber Aquino revendo o lance da disputa de Dedé e Andrada 

Há uma semana, no confronto entre Palmeiras e Cruzeiro pela Copa do Brasil, tivemos um lance polêmico em que o árbitro marcou falta de Edu Dracena sobre o goleiro Fábio no último minuto de jogo. Na sequência do lance o Palmeiras marcou o gol. O assunto ganhou as discussões Brasil a fora, mas a decisão do árbitro não foi unânime entre torcedores e comentaristas. Alguns disseram que foi falta, outras afirmaram que Fábio falhou no lance e Dracena nada fez. O que eu quero dizer é que, foi uma jogada INTERPRETATIVA, que o árbitro marcou sem consultar o VAR e que, apesar da polêmica, foi um lance com margem para discussão se foi ou não infração no goleiro cruzeirense.

Ontem, no entanto, Eber Aquino foi alertado pelo VAR sobre a disputa de Dedé com o goleiro Andrada (totalmente acidental), e ao consultar a tecnologia (as imagens da TV mostraram que o árbitro viu o lance várias vezes), Aquino decidiu expulsar o zagueiro do Cruzeiro que, até aquele momento, era um dos melhores jogadores celestes em campo. Uma expulsão que surpreendeu até os argentinos. Até a imprensa argentina que tanto gosta de pegar no pé dos brasileiros ficou sem entender o que o juiz paraguaio fez.

Após o choque, o próprio Dedé pede para o árbitro paralisar a partida para prestar atendimento ao goleiro argentino

E sim, uma expulsão que prejudicou o time mineiro, porque até aquele momento no segundo tempo, cerca de 25 minutos, a raposa era melhor, teve uma ótima chance com Rafinha, tinha 70% de posse de bola, estava acuando o Boca na defesa, mas viu um erro atrapalhar todo um planejamento. Além da questão física de jogar com um a menos, pesou o lado emocional, que favoreceu os argentinos.

Dedé e o Cruzeiro querem anular a expulsão, mas sinceramente, depois do que houve, fica difícil acreditar numa decisão favorável aos brasileiros. Aliás, brasileiros que estão sozinhos contra uma confederação continental, já que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é um zero à esquerda quando se trata de defender os seus clubes.

Certo é que, apesar da polêmica toda, o Cruzeiro errou gravemente nos dois gols sofridos. Erros defensivos que o time de Mano Menezes não costuma cometer em competições copeiras. O ataque pouco produziu também, apenas 4 chutes ao gol. Arrascaeta fez falta e Thiago Neves também. Ah, esqueci, TN30 estava jogando.

Jogadores do Cruzeiro questionam a expulsão de Dedé

Dá para reverter a vantagem, no futebol nada é impossível, mas ficou muito difícil porque ontem ficou evidente que o Cruzeiro não está enfrentando somente o Boca Juniors.