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Que venha 2019

Fim da temporada 2018 para os clubes mineiros. Apesar da confiança e do otimismo do início ano, sentimentos típicos de torcedores e dirigentes, a temporada não termina com saldo positivo para os times da terra do pão de queijo. Apenas um título e muitas decepções em competições nacionais.

Foto: Lucas Mercon

A glória veio com o Cruzeiro na Copa do Brasil, que conseguiu chegar ao seu sexto título do torneio, se tornando a equipe que mais levantou a taça da Copa do Brasil. Por outro lado, no Campeonato Brasileiro, a raposa não conseguiu traduzir seu investimento no elenco em bons resultados, e após 38 rodadas terminou em oitavo lugar com 53 pontos, 27 a menos que o líder Palmeiras e 11 a mais que o Sport, primeiro time da zona do rebaixamento. Campanha muito aquém do que poderia o time de Mano Menezes, que priorizou os torneios copeiros, como Copa do Brasil e, principalmente, Copa Libertadores, e deixou "a vida me levar" no Brasileirão.

Foto: Cruzeiro

Já o Atlético salvou o ano com a vaga na pré-Libertadores 2019. Após um pequeno desmanche no elenco, a aposta em jogadores com pouca bagagem no futebol, sobretudo atletas estrangeiros, e as duas mudanças no comando técnico, o Galo conseguiu o sexto lugar no Brasileirão, acumulando 59 pontos. Um prêmio de consolação após vários problemas na temporada, que atingiram, inclusive, o departamento de futebol do clube. Na Copa do Brasil, o Atlético não passou das oitavas de final, quando foi eliminado pela Chapecoense, e na Copa Sul-Americana, saiu logo na primeira fase para os argentinos do San Lorenzo.

Cazares foi fundamental na reta final da temporada    -    Foto: Estadão

A grande decepção entre os principais clubes do estado foi o América. Manteve a base campeã da série B em 2017, contratou reforços de nome, como Rafael Moura e Wesley, mas não conseguiu o objetivo maior, que era a permanência na elite do futebol brasileiro. Até parecia que isso iria acontecer, mas a saída de Enderson Moreira no meio do campeonato e as invenções malucas de seu sucessor Adilson Batista, colocaram o América em situação delicada no campeonato. O clube entrou no Z4 faltando poucas rodadas para o final, e o resultado não poderia ser diferente. Mais um rebaixamento para a conta e mais uma frustração para o torcedor americano que tanto sonhou em 2018. Na Copa do Brasil, o América iniciou nas oitavas de final e já caiu nela mesmo. Mas perdeu para o forte Palmeiras em dois duelos equilibrados.

Seguindo o balanço de 2018, temos o Boa Esporte, que protagonizou este ano um dos fatos de maior repercussão nacional, que foi a contratação do goleiro Bruno, acusado de matar a modelo Eliza Samúdio. Parece que até os deuses do futebol se revoltaram com essa contração e puniram o Boa com a última colocação da série B e o consequente rebaixamento à terceira divisão do futebol brasileiro. Foram apenas 7 vitórias em 38 jogos, numa campanha melancólica da equipe de Varginha. Na Copa do Brasil, não passou da segunda fase, após ser eliminado pelo Goiás.

Foto: Régis Melo

Na série C, o Boa Esporte terá a companhia da Tombense, que não conseguiu acesso a segunda divisão. O time de Tombos foi eliminado ainda na primeira fase da competição. Só não foi pior que o Tupi, que conseguiu apenas 6 vitórias em 18 jogos e caiu para a série D do Brasileirão.

Aliás, falando na última divisão do nosso futebol, este ano Minas Gerais foi representada por URT e Uberlândia. A URT caiu na segunda fase para o Treze, da Paraíba. Já a equipe do Triângulo Mineiro foi um pouco mais longe, chegou às oitavas de final, contudo, foi eliminada pelo Caxias. URT e Uberlândia também não foram longe na Copa do Brasil. O time de Patos de Minas caiu na primeira fase para o Paraná, enquanto o Uberlândia foi eliminado na segunda fase para o Coritiba. Além deles, a Caldense também caiu no início da competição, ao ser eliminada em casa para o Fluminense.

Caldense x Fluminense          -           Foto: Sportv

Um saldo negativo para um dos principais estados brasileiros que tem na história muita tradição no futebol. Oito clubes disputaram as competições nacionais e apenas um teve campanha de destaque, terminando com o título. Que 2019 reserve uma sorte melhor aos mineiros, não só em torneios nacionais, mas internacionais também. Se bem que, se tratando de competições sul-americanas, já não sei se são tão atrativas como antes, após as bagunças da Copa Libertadores deste ano.

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