Polêmica, polêmica e mais polêmica na final do Campeonato Paulista. A
expectativa criada em cima da decisão entre Palmeiras e Corinthians deu lugar
ao sentimento de frustração pelo fato de o jogo ter sido colocado em segundo ou
terceiro plano, após o episódio envolvendo o pênalti marcado e depois anulado
pelo árbitro Marcelo Aparecido de Souza.
O reconhecimento do erro, orientado pelo quatro árbitro, fez Marcelo
Aparecido ter a hombridade de voltar atrás e “peitar” a fúria da torcida e
jogadores palmeirenses, principalmente o capitão Dudu, que participou do lance
polêmico com Ralf, do Corinthians.
A imagem mostrou que o volante corintiano toca a bola primeiro e depois
tem o contato, que é natural, até porque o Ralf não ia dar uma bulgada estilo PES ou FIFA e passar dentro do
adversário. Mas o fato do juiz voltar atrás em sua decisão revoltou o lado
verde da história, que se negou a receber as medalhas de prata.
Não venho aqui criticar o comportamento dos jogadores, torcida e
dirigentes do Palmeiras, pois no calor do jogo, por tudo que o duelo
representava e pela demora na decisão do árbitro é justificável medidas
drásticas para chamar a atenção.
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| Foto: Globo Esporte |
O que aconteceu no Allianz Parque é só mais uma prova da necessidade que
o futebol - especialmente o brasileiro depois de escândalos envolvendo dirigentes
da CBF - tem em implantar o árbitro de vídeo. O recurso tecnológico – SE BEM
USADO – não acabará, mas reduzirá drasticamente a possibilidade de erros de
seres humanos, que estão passivos a cometer decisões equivocadas.
Ao contrário do que muitos dizem o árbitro de vídeo não deixará o futebol
chato, mas o tornará mais justo. Aliás, chato é da forma que está, com
polêmicas que poderiam ser evitadas. A mudança sempre nos provoca uma sensação
de insegurança, de desconfiança, mas, repito, SE BEM FEITA, ela pode ajudar no
desenvolvimento do esporte.
Espero que a CBF atente a isso e agilize o processo de implantação do
árbitro de vídeo para todas as competições do país. Não queremos que outros
Marcelos Aparecidos de Souzas sejam mais destacados que o jogo em si. Está na
hora disso mudar.
Ah, e falando do jogo, o Palmeiras merecia o empate pelo que produziu em
termos ofensivos, principalmente no segundo tempo. Mandou no jogo, mas esbarrou
na falta de pontaria de seus homens de frente e no excessivo número de bolas
jogadas na área, 37 no total, sendo que 28 foram erradas.
Já o Corinthians apostou no contra-ataque e contou com um goleiro Cássio
inspirado, sobretudo na disputa de pênaltis.



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