No primeiro round
da final do Campeonato Mineiro, o Atlético quase nocauteou o Cruzeiro. Em uma
tarde inspirada no Independência, o Galo teve o seu melhor desempenho do ano e
venceu a Raposa por 3 a 1. Um resultado que dá ao Atlético a vantagem de jogar
por qualquer empate ou perder por até um gol de diferença no jogo da volta, no
Mineirão.
O placar surpreendeu a muitos torcedores pela forma que ele foi construído, mas isso não quer dizer que ele foi injusto. Pelo contrário! O alvinegro mereceu e poderia ter feito até mais gols se não fosse por Fábio.
Até os 30 minutos
do primeiro tempo, o jogo era bem truncado com poucas chances de gol para cada
lado. Lembrou muito o que ocorreu no duelo da primeira fase, também no horto. O Cruzeiro
marcava bem as investidas do Atlético, que não conseguia entrar na área
celeste. Os meias rodavam a bola, mas não tinham espaço para infiltrar na defesa
do rival. Por outro lado, o Atlético preocupou em marcar a saída de jogo do Cruzeiro. A
transição pelas laterais foram bloqueadas e pelo meio, Ariel Cabral, uma peça
importante nessa saída com qualidade, foi bem marcado por Elias. Assim, sobrou
para o capitão celeste Henrique e os zagueiros a missão de fazer a bola chegar
no ataque com qualidade. Resultado? Muitos toques errados, lançamentos sem nexo
e perda da posse de bola.
Henrique, que
tentou fazer uma função que não é a dele, errou 6 passes e perdeu a posse da
bola em 4 oportunidades. Os zagueiros Léo e Murilo não tiveram índice elevado
de erro de passe, até porque tocaram muito a bola entre si, mas erraram todos
os lançamentos. Léo errou 1 e Murilo, 2.
Desta forma, o
Atlético ganhou campo e confiança, e começou a golpear a Raposa com mais força
a partir dos 32 minutos. Em cobrança de falta de Otero, Ricardo Oliveira fez 1
a 0 e mudou a história do jogo. A partir do gol, o Atlético cresceu, sentiu que
poderia fazer mais e foi pra cima para ampliar o placar. O Cruzeiro, por sua
vez, não jogou na mesma intensidade, sentiu o golpe do gol e perdeu toda força
de marcação. Em apenas nove minutos, o Atlético marcou mais dois gols,
novamente em duas bolas alçadas na área por Otero.
No segundo tempo,
as alterações de Mano Menezes, especialmente Arrascaeta e Sassá melhoraram o
time. Robinho recuou um pouco para ajudar na saída de jogo pelo lado direito e
o Cruzeiro teve qualidade na troca de passes. E mostrou que ainda poderia
diminuir o prejuízo. Assim o fez. Teve duas boas chances com Sassá e marcou o
gol de honra com Arrascaeta. Já o Atlético, teve boas chances com Luan, Cazares
e Otero para fazer mais gols, mas o goleiro Fábio defendeu todas elas.
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| Foto: Cruzeiro |
Tudo ficou para o
jogo da volta, no Mineirão, no próximo domingo, dia 8. O Cruzeiro joga pelo
mesmo resultado no placar agregado, ou seja, uma vitória de 2 gols de diferença
na próxima partida dá ao título à Raposa. Não é impossível, especialmente pelo
que o time celeste demonstrou na segunda etapa. É um time criativo com a bola
no pé, que consegue criar oportunidades. O problema é balançar as redes.
Os comandados de
Mano Menezes enfrentarão um time com a confiança lá em cima - ainda mais depois
desse duelo no horto – com um treinador inteligente e uma equipe experiente,
com atletas que sabem lidar com esse tipo de jogo. Será muito difícil para o
Cruzeiro reverter a vantagem, mas futebol tem suas surpresas.
Antes de finalizar,
vale destacar também o péssimo jogo do lateral-esquerdo Egídio. Ele que vinha
tendo atuações regulares – nada exuberantes – foi medonho na primeira partida.
O lateral foi o jogador que mais errou passes, 7, cometeu 3 faltas e, ainda,
perdeu a posse da bola em 5 oportunidades. Foi o mesmo e nada bom Egídio da
época do Palmeiras.


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