O Cruzeiro escreveu
mais uma página heroica e imortal em seu extenso livro de conquistas. Neste
domingo (08/04), diante de um Mineirão com quase 50 mil pessoas, a Raposa levantou
seu 37º título de Campeonato Mineiro, ao vencer o Atlético, por 2 a 0, no
segundo jogo da finalíssima do Estadual.
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| Foto: FMF |
O placar era o
necessário para o Cruzeiro ser campeão, já que, por ter feito a melhor campanha
da primeira fase, jogava por um empate no placar agregado. E avaliando num
todo, convenhamos que a taça ficou em boas mãos. Ninguém foi mais eficiente que
o Cruzeiro. Na primeira fase, a Raposa liderou com sobra, 29 pontos, 8 a mais
que o vice-líder América e 11 a mais do que o Atlético. Um caminhão descendo a
ladeira que não foi vencido por nenhum adversário.
Posteriormente, na
segunda e terceira fase, o Cruzeiro foi mais piedoso com os adversários, mas
passou sem dificuldades por Patrocinense e Tupi, novamente sem ser derrotado. O
primeiro e único revés veio justamente no duelo de ida da final contra o maior
rival. Um 3 a 1, que poderia ter sido mais elástico se não fosse o goleiro
Fábio.
Surgiram os questionamentos,
a desconfiança, mas esse mesmo time se recuperou diante da torcida e, pela
primeira vez na história do campeonato, uma equipe reverteu uma desvantagem de
dois gols de diferença. A derrota no duelo de ida e o empate com o Vasco pela
Copa Libertadores no meio da última semana pesaram para o bom desempenho
celeste. Os jogadores cruzeirenses entraram pilhados e aliaram a vontade à
técnica para ser superiores e não deixar o Atlético jogar.
Ofensivamente
cirúrgico, defensivamente um ferrolho, pois quando marcou o segundo gol, o
Cruzeiro fechou todas as brechas para o Atlético, que apenas tocou a bola longe
da meta de Fábio. Talvez, o Cruzeiro tenha recuado mais do que o normal, mas
não sofreu sustos do ataque do rival.
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| Foto: Yahoo |
Mano Menezes deu
prova de que pode e sabe motivar seu elenco. Depois de dois jogos abaixo da
média, ele manteve a postura tática da equipe, que provou ser capaz de superar
as adversidades impostas a ela. Pode render mais? Pode e deve, até porque daqui
pra frente o nível de dificuldade vai aumentando.
Pelo lado do
Atlético, faltou cabeça na final. Não só a Otero, expulso logo aos 20 minutos
de jogo, mas à toda equipe, que entrou num ritmo totalmente diferente do que o
jogo pedia. Mas a derrota não é o fim do mundo. Basta lembrarmos que esse
Atlético evoluiu muito em relação àquele Atlético do começo de temporada com o técnico
Oswaldo de Oliveira. Sob comando de Thiago Larghi, o time conseguiu ter um
padrão definido, e a tendência é que, daqui pra frente, o desempenho do Galo
evolua.
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| Foto: Uol Esporte |
Claro, o elenco necessita de reforços, mas a base e o modelo de jogo o Galo já tem. Se a diretoria conseguir contratar jogadores pontuais, Larghi terá melhores condições de lapidar o Atlético. Derrotas como essa para o Cruzeiro doem, mas fazem parte de um processo vitorioso, pois propiciam muito aprendizado dentro e fora de campo. Se bem assimilados, os ensinamentos podem fazer diferença lá na frente, colocando o alvinegro no caminho dos títulos.
Arbitragem
Antes de encerrar,
não tem como não falar em arbitragem. No Campeonato Mineiro tivemos alguns
episódios polêmicos envolvendo os responsáveis pelo apito. No segundo e decisivo
jogo da final, novamente a atuação do árbitro e seus assistentes foi
questionada, desta vez pelo Atlético, que alegou falta de coerência de Luiz
Flávio de Oliveira em algumas infrações ao longo da partida, principalmente ao
não expulsar o lateral cruzeirense Edilson, no lance que ele se envolveu com
Otero e o venezuelano acabou sendo mandado para o chuveiro.
Que sirva de
exemplo para a FMF. Rever o que deu errado e, em cima das conclusões,
estruturar um treinamento mais qualificado com seus árbitros para evitar
confusões e pressões extracampo.



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