Água mole em pedra
dura, bateu, mas não furou. O Atlético bem que tentou, mas não conseguiu
balançar as redes da Chapecoense no jogo de ida das oitavas de final da Copa do
Brasil. Assim como fez com o Palmeiras, na última rodada do Campeonato
Brasileiro, a Chape repetiu a formação defensiva diante do Galo, no horto, segurou
toda pressão feita pelo alvinegro e a massa atleticana e pareceu satisfeita com
o empate em 0 a 0.
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| Foto: Atlético MG |
Thiago Larghi disse
após a partida que o Atlético teve o total domínio do jogo. E teve mesmo. O
Galo terminou os 90 minutos iniciais da disputa com 69% de posse de bola contra
31% do adversário. Só para se ter uma ideia, aos 15 minutos da etapa final, a
posse de bola alvinegra chegou a 84%.
O time mineiro
trocou 689 passes, com 93% de acerto, enquanto a Chapecoense trocou 221, com
84% de acerto. São dados extremamente desequilibrados quando se trata de duas
equipes da série A do Campeonato Brasileiro, mas mostram a fome de bola dos
jogadores atleticanos e do bom momento que vive o time, jogando um futebol
dinâmico, rápido, ofensivo e muito intenso.
O jovem treinador
do Atlético tem moldurado a equipe para ser agressiva, não do ponto de vista de
bater no adversário, mas de não deixá-lo jogar. Ontem a Chapecoense teve um
lance de perigo, que foi já no segundo tempo numa bola aérea que sobrou para
Wellington Paulista chutar. Só! No geral, o domínio mineiro foi absoluto, assim
como fez contra o Corinthians no último domingo.
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| Atlético aperta saída de bola da Chapecoense |
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| Na saída errada do zagueiro, o Atlético já povoa o campo de ataque com 7 jogadores contra 6 da Chape |
O que faltou ontem foi
calibrar a pontaria para chutar ao gol. O Galo teve 17 finalizações, mas apenas
quatro no alvo. Diferente do jogo contra o Palmeiras, o goleiro Jandrei não fez
grandes defesas. A marcação da Chape forçou o Atlético a tentar cruzamentos
para chegar ao gol. Foram 34 ao todo,
porém 3 deles foram certos.
Roger Guedes,
Otero, Luan e Gustavo Blanco acertaram a compactação entre defesa e ataque e
são responsáveis pelo equilíbrio da equipe. Ontem, novamente Luan foi o
motorzinho. Deu 81 passes certos e 9 errados, e, ainda, desarmou 3
vezes. Patric também se destacou mais uma vez pelo lado direito – quem diria – com
apoio ao ataque, presença na área para finalizar e atenção para evitar
contra-ataques pelo seu setor. Já Fábio Santos manteve sua regularidade na
lateral esquerda.
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| Foto: Atlético MG |
O Atlético não é um
time torto, que ataca somente por um lado, mas tem opções para jogar nos dois
extremos do campo. O torcedor sabe que falta elenco para manter esse bom nível
de jogo até o final da temporada, mas a parada durante a Copa do Mundo pode ser
importante para resgatar e evitar o desgaste exagerado dos jogadores. Se vai
longe ou não na Copa do Brasil é difícil dizer, mas o desempenho atleticano,
principalmente nas últimas partidas, faz o torcedor acreditar, até porque, o
lema consagrado da massa é “Eu acredito”.





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