Pular para o conteúdo principal

Inglaterra: o sonho do Bi alimentado por uma nova geração de talentos


País berço do futebol, a Inglaterra tem motivos para sonhar nesta Copa do Mundo, mesmo com os fracassos recentes no Mundial de 2014 e na Eurocopa 2016. The Three Lions – “os três leões” como também são conhecidos devido ao escudo da seleção inglesa – apostam suas fichas na jovem e talentosa geração que terminou a atual temporada em alta para buscar o bicampeonato mundial.

Foto: Premier League Brasil

Aliás essa geração substitui outra geração de muito talento, comandada por John Terry, Frank Lampard, David Beckham, Steven Gerrard e Wayne Rooney. Na lista de 23 jogadores do técnico Gareth Southgate, apenas cinco jogadores estiveram presentes no Mundial realizado no Brasil. Os outros 18 atletas são novatos, a maioria jovens, que têm dado muito trabalho na Inglaterra, alguns inclusive, como o centroavante Harry Kane, despertando interesse em grandes clubes como Real Madrid.

Ainda assim, mesmo com a esperança dos ingleses no English Team, há muitas incertezas sobre o que a Inglaterra pode apresentar na Rússia. Isso porque a preparação para a Copa do Mundo teve mais baixos do que altos. Baixos que começaram já na Copa de 2014, quando a Inglaterra terminou a fase de grupos em último lugar.

Nas Eliminatórias Europeias, a Inglaterra caiu no grupo F e não teve dificuldades em ficar na liderança, acumulando 8 vitórias e 2 empates em 10 partidas. Mas, convenhamos, o grupo era composto por seleções de nível técnico baixo, que não impuseram grandes obstáculos aos ingleses. Já na Eurocopa 2016, disputada na França, a Inglaterra ficou em segundo lugar no seu grupo, composto por País de Gales, Rússia e Eslováquia, e acabou sendo eliminada nas oitavas de final para a surpreendente Islândia, ao perder por 2 a 1.

Islândia 2x1 Inglaterra      -      Foto: Reuters

Em relação aos amistosos, nos últimos três, a Inglaterra enfrentou seleções de alto nível e não perdeu nenhum. Empates em 0 a 0 com o Brasil, 1 a 1 com a Itália e vitória de 1 a 0 sobre a Holanda. Assim como a maioria dos clubes ingleses e apostando no sucesso que isso fez com Antônio Conte no Chelsea, na temporada 2016/17, o técnico Southgate arma a Inglaterra com uma linha de cinco defensores sem a bola. Quando se tem a redonda, ele libera os alas ao ataque.

Desta forma, a Inglaterra solidificou sua defesa. O desafio agora é melhorar os números do ataque. Para isso, a esperança tem nome e sobrenome, Harry Kane. Nesses três amistosos mencionados, ele não jogou, pois estava se recuperando de lesão. Com Kane 100% a história é outra. Na temporada, o camisa 10 do Tottenham foi impiedoso com os adversários. Em 48 partidas, ele balançou as redes 41 vezes, e ainda contribuiu com 5 assistências.

Foto: Daily Star

Com 1,88 m, Kane é altamente eficaz no jogo aéreo ofensivo, mas também é muito bom com a bola nos pés. Não se engane, ele não é desengonçado como a maioria dos atacantes altos de referência. Kane tem apenas 24 anos e já é cotado em 120 milhões de euros, segundo dados do site Transformarkt. Pela seleção principal, Kane também é artilheiro. Ao todo, ele entrou em campo 23 vezes pela Inglaterra, marcando 12 gols.

Por esses números e pela inteligência coletiva em campo, Kane já foi anunciado como capitão da Inglaterra na Copa do Mundo. Para conseguir o bicampeonato Mundial, os ingleses precisam, primeiramente, passar de fase. Eles caíram no grupo G, com Bélgica, Panamá e Tunísia. A estreia será no dia 18, às 15h, contra a Tunísia, em Volgogrado.

CONVOCAÇÃO PARA COPA DO MUNDO 2014 (clubes correspondentes à época)


Goleiros: Joe Hart (Manchester City-ING), Ben Foster (West Bromwich Albion-ING) e Fraser Forster (Celtic-ESC)

Defensores: Leighton Baines (Everton-ING), Gary Cahill (Chelsea-ING), Phil Jagielka (Everton-ING), Glen Johnson (Liverpool-ING), Phil Jones (Manchester United-ING), Luke Shaw (Southampton-ING) e Chris Smalling (Manchester United-ING)

Meio-campistas: Ross Barkley (Everton-ING), Steven Gerrard e Jordan Henderson (Liverpool-ING), Adam Lallana (Southampton-ING), Frank Lampard (Chelsea-ING), James Milner (Manchester City-ING), Alex Oxlade-Chamberlain e Jack Wilshere (Arsenal-ING) e Raheem Sterling (Liverpool-ING)

Atacantes: Rickie Lambert (Southampton-ING), Wayne Rooney e Daniel Welbeck (Manchester United-ING) e Daniel Sturridge (Liverpool-ING)

CONVOCAÇÃO PARA COPA DO MUNDO 2018

Goleiros: Jordan Pickford (Everton-ING), Jack Butland (Stoke City-ING) e Nick Pope (Burnley-ING)

Defensores: Alexander-Arnold (Liverpool-ING), Cahill (Chelsea-ING), Delph, Stones e Walker (Manchester City-ING), Phil Jones e Ashley Young (Manchester United-ING), Danny Rose e Trippier (Tottenham-ING) e Harry Maguire (Leicester-ING)

Meio-campo: Dier e Dele Alli (Tottenham-ING), Jordan Henderson (Liverpool-ING), Lingard (Manchester United-ING) e Loftus-Cheek (Crystal Palace-ING)

Ataque: Raheem Sterling (Manchester City-ING), Marcus Rashford (Manchester United-ING), Harry Kane (Tottenham-ING), Jamie Vardy (Leicester-ING) e Danny Welbeck (Arsenal-ING)

*Estatísticas disponibilizadas pelo site Transformarkt

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alemanha renova seleção para buscar o penta

Renovada, porém forte e favorita a levantar o caneco da Copa do Mundo 2018. Este é o resumo da atual campeã Alemanha, que busca o quinto título mundial de sua história.  Na lista de pré-convocados do técnico Joachim Löw há 18 estreantes em Mundiais, resultado de um bom trabalho de categoria de base, organização de clubes e potencialização do crescimento individual e coletivo dos jovens jogadores alemães.  Foto: iG Esportes Mesmo com esses atletas de primeira viagem, a Alemanha continua forte, talvez até melhor do que em 2014, com nomes que terminaram a temporada em alta na seleção e nos clubes em que defendem.  A preparação para a Copa da Rússia foi marcada por uma campanha sólida e sem dificuldades nas Eliminatórias Europeias, com 10 vitórias em 10 jogos, eliminação na semifinal da Eurocopa 2016 para a anfitriã França e o título da Copa das Confederações 2017 atuando com uma seleção alternativa, sem convocar os principais atletas do país. Além de um jogo coletivo acima

Coreia do Sul tentará o impossível para salvar um guerreiro

A Coreia do Sul disputará sua décima Copa do Mundo, a nona seguida. Sem muita mídia e sem muitos craques, a seleção tentará, pelo menos, passar da primeira fase, o que ocorreu apenas duas vezes na história, em 2010 quando foi eliminada nas oitavas de final e em 2002 quando sediou a Copa juntamente com o Japão e conseguiu o feito de ficar na quarta colocação. Os sul-coreanos não tiveram muitas dificuldades para chegar ao Mundial. Nas Eliminatórias Asiáticas entraram na segunda fase e ficaram em primeiro lugar no grupo G, com 8 vitória em 8 jogos. Na terceira fase, etapa fundamental para garantir uma vaga no grande torneio, a Coreia do Sul teve um desempenho inferior com 4 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Ocupou o segundo lugar do grupo e não precisou jogar a repescagem. Nos últimos cinco amistosos, a Coreia do Sul não empolgou. Duas vitórias, contra Letônia e Moldávia, 1 empate e 2 derrotas, para Irlanda do Norte e Polônia. O técnico Shin Tae-yong sabe das limitações da

Força defensiva chilena e falta de paciência brasileira

O Vasco não se agigantou na Colina e foi derrotado na estreia da fase de grupos da Copa Libertadores. O time carioca perdeu para a Universidad de Chile, por 1 a 0, gol do jovem e bom jogador Angelo Araos, aos 31 minutos do segundo tempo. Vasco perdeu na estreia da fase de grupos da Libertadores Foi aquele jogo típico de Libertadores, em que o adversário vem com uma proposta de marcar, parar o jogo a todo o instante, catimbar o máximo que puder e tentar explorar o contra-ataque na esperança de marcar um gol. Contudo, a La U fez tudo isso de forma muito bem organizada, tirando o que o Vasco tem de melhor, que é a intensa movimentação, seja pelos lados ou pelo meio da defesa, e a boa troca de passes. Um dos diferenciais da equipe do técnico Ángel Hoyos foi a variação tática do seu meio campo. Ele iniciou o jogo atuando no 3-4-3, com a linha bem definida dos 3 zagueiros, em que Vilches caia pela direita, Rafael Vaz pela esquerda e Echeverría ficava centralizado, como se fo