Por três minutos, o
Atlético desfrutou do gostinho da liderança do Campeonato Brasileiro. Dos 32
aos 35 minutos do segundo tempo no duelo contra o São Paulo, no Morumbi, o Galo foi o primeiro
time da tabela, atingindo 9 pontos e, naquela altura, ultrapassando o Flamengo,
que estava com 7. Mas ai, uma bobeira de Patric, um jogador que vinha sendo regular nas últimas paridas, tirou o mel da boca atleticana.
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| Foto: Hoje em Dia |
Mas no geral, o
torcedor alvinegro não deve ter saído revoltado com a equipe. Chateado sim,
pois a vitória poderia ter sido do Galo. Os comandados de Thiago
Larghi só não saíram com os três
pontos por causa de detalhes, que sempre fazem diferença em qualquer confronto,
sobretudo de duas equipes do porte de São Paulo e Atlético.
Primeiro detalhe. Jogando
no 3-4-3, Diego Aguirre tinha a intenção de liberar mais os dois laterais,
Régis pela direita e Reinaldo pela esquerda. Como os laterais tinham o suporte
da trinca de zagueiros, eles não precisavam se preocupar tanto em acompanhar Otero
e Roger Guedes, que jogaram abertos pelos extremos do alvinegro. Reinaldo não foi
tão bem no apoio. Errou muito na hora de passar a bola. Dos 32 passes, 8 não
foram concluídos da forma como ele queria.
O mesmo não
aconteceu com Régis pelo lado direito. Ele teve liberdade para atacar e foi
perigoso para o Atlético, principalmente na primeira etapa. Foi dele o
cruzamento que originou o primeiro gol do tricolor, com Everton. E foi dele também
o cruzamento que o mesmo Everton acabou desperdiçando. Resumindo, as melhores
chances de gols do São Paulo saíram do pé dele.
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| Régis recebe bola no lado direito com muito espaço para ir à frente. Ninguém acompanhou o lateral no contra-ataque são paulino |
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| No primeiro gol do São Paulo, Régis tem espaço para avançar. A marcação atleticana apenas acompanha o lateral. No canto esquerdo da imagem, Everton corre para a área para fazer o gol. |
Nenê muito apagado,
Everton corria, mas longe do que pode jogar e Diego Souza... bom Diego Souza
esteve no lugar certo, na hora certa para fazer o segundo gol, fora isso,
apenas trombou com os zagueiros atleticanos sem oferecer muito perigo. Muito
dessa partida abaixo da média se deve ao bom jogo do Galo, que não deixou a
bola com o São Paulo, teve posse de 61%, pressionou o adversário para recuperar
a redonda, tirou os espaços e neutralizou as principais armas do time paulista,
como o trio de frente, por exemplo. Claro, isso não acontece os 90 minutos da partida, mas na maioria do tempo o time mineiro foi bem.
Segundo detalhe. Preciosidade
na hora e lugar errado. Patric, recuperou uma bola na defesa, teve espaço e
tempo para tocar para Cazares puxar o contra-ataque, mas preferiu dar um drible
a mais. Como diria o poeta Fausto Silva “Erroooooouuuu”. Na perda da bola – na frente
da área de Victor – o São Paulo chegou ao gol de empate. Patric é humano, já
errou muito e não será a última vez, mas o cara não é nenhum garoto e nenhum
Iniesta da vida para sair jogando daquela forma. Essa foi pra conta dele.
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| Patric recupera a bola. Perceba que Cazares estava livre e não havia obstáculos à frente de Patric para impedir o passe. |
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| Mas o lateral atleticano prefere fazer o drible para dentro e perde a bola. |
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| Momento em que ele perde a bola para o adversário. Depois sai o gol de empate do São Paulo, três minutos depois do Atlético virar o placar para 2 a 1. |
Mas se teve
detalhes, teve alguns pontos positivos individuais também. Outra grande partida
de Gustavo Blanco, mais uma vez marcando e atacando com intensidade e
eficiência. Adilson, bem posicionado, deu muito apoio nas transições ofensivas
e defensivas. E no ataque, Roger Guedes e Ricardo Oliveira foram destaques com
muita movimentação, agressividade nos lances ofensivos e, claro, gols. Cazares
também foi bem no segundo tempo, correndo e ajudando o time na armação e marcação.
O resultado tirou o
Atlético do G4, o time agora é o 5º colocado com 7 pontos, 3 atrás do líder
Flamengo. O São Paulo está em 8º com 6 pontos. Na próxima rodada, a quinta do Brasileirão,
o Atlético vai enfrentar seu xará Paranaense, no dia 13/05, ás 16h, na Arena da
Baixada. Enquanto o tricolor paulista visita o Bahia, na Fonte Nova, no mesmo
dia e horário.






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