Anfitriã
do Mundial, a Rússia não tem dado motivos para o torcedor empolgar. Desde 2008,
a seleção segue uma trajetória inversa ao crescimento. Naquele ano, a Rússia obteve sua melhor
performance em um torneio importante. Alcançou as semifinais da Eurocopa com
uma geração considerada promissora, liderada pelo talentoso meia Andrey Arshavin - que mais tarde foi jogar no
Arsenal – e comandada por Guus Hiddink, treinador holandês que fez excelente
trabalho dentro e fora de campo.
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| Foto: Artiom Korotaiev/TASS |
Porém, a partir dessa Eurocopa, a Rússia não conseguiu caminhar pra frente e só tem andado em marcha ré. É verdade que faltam talentos, mas ainda assim a seleção poderia fazer mais do que tem feito nas últimas partidas e competições.
Como
é anfitriã da Copa não precisou disputar as eliminatórias. Sobraram então a
Eurocopa 2016, na França, e a Copa das Confederações 2017, na terra da vodka,
como torneios preparatórios. No primeiro, foi apenas um ponto somado e a
eliminação na fase de grupos, ficando na lanterna do grupo B. Já na Copa das
Confederações, a Rússia conseguiu uma vitória, mas não foi suficiente para
classificar às oitavas de final. Ficou em terceiro no grupo A. O fraco
rendimento também se repete nos amistosos. Nos últimos quatro, por exemplo,
empatou 1 e perdeu 3.
Entre os fatores apontados para essa série de resultados negativos estão a falta de competitividade e de rodagem dos jogadores russos. Na Copa do Mundo de 2014, por exemplo, todos os 23 convocados atuavam na Rússia. Este ano, na lista preliminar do técnico Stanislav Cherchesov, apenas 3 jogadores atuam fora do país de origem. Isso afeta a competitividade dos atletas, que acabam se acomodando com o dinheiro que ganham e o desempenho que têm nas competições locais. E afeta também a experiência com outras culturas futebolísticas, que proporciona atuar em grandes ligas do mundo, como Espanha, Inglaterra e Itália.
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| Foto: Globo Esporte |
Entre os fatores apontados para essa série de resultados negativos estão a falta de competitividade e de rodagem dos jogadores russos. Na Copa do Mundo de 2014, por exemplo, todos os 23 convocados atuavam na Rússia. Este ano, na lista preliminar do técnico Stanislav Cherchesov, apenas 3 jogadores atuam fora do país de origem. Isso afeta a competitividade dos atletas, que acabam se acomodando com o dinheiro que ganham e o desempenho que têm nas competições locais. E afeta também a experiência com outras culturas futebolísticas, que proporciona atuar em grandes ligas do mundo, como Espanha, Inglaterra e Itália.
Entre
os 28 nomes da lista preliminar, vale o destaque para o brasileiro naturalizado
russo Mário Fernandes. O lateral-direito de 27 anos foi revelado pelo Grêmio,
em 2009. Defendeu o tricolor gaúcho por 3 anos chamando a atenção dos russos do
CSKA Moscou. Em 2012 foi contratado por R$ 38 milhões e chegou como boa
promessa para o clube europeu. O tempo passou, Fernandes se firmou no CSKA, chegou
à seleção brasileira em 2014, mas decidiu se naturalizar russo diante das
poucas oportunidades no seu país de origem. Agora, pode defender os donos da
casa no Mundial.
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| Foto: Pavel Golovkin/AFP |
No
CSKA, na atual temporada, Mario Fernandes entrou em campo 36 vezes e contribuiu
com 5 assistências. Dificilmente ele será cortado da lista final por ser
considerado o melhor lateral-direito do país. Fernandes só não disputou a Copa
das Confederações em virtude de uma cirurgia no nariz.
A
Rússia está no grupo A da Copa do Mundo juntamente com Arábia Saudita, Egito e
Uruguai. A estreia dos russos, que também marcará a abertura do torneio, está
marcada para o dia 14, às12h, no estádio Olímpico Lujniki.
CONVOCAÇÃO COPA DO
MUNDO 2014 (Clubes correspondentes à época)
Goleiros: Igor
Akinfeev (CSKA Moscou), Yury Lodygin (Zenit) e Sergei Ryzhikov (Rubin Kazan)
Defensores: Vasily
Berezutsky (CSKA Moscou), Sergei Ignashevich (CSKA Moscou), Georgy Shchennikov
(CSKA Moscou), Vladimir Granat (Dínamo de Moscou), Alexei Kozlov (Dínamo de
Moscou) e Andrei Yeshchenko (Anzhi Makhachkala), Dmitry Kombarov (Spartak
Moscou) e
Andrei Semenov (Terek Grozny)
Andrei Semenov (Terek Grozny)
Meio-campistas: Igor Denisov (Dínamo de Moscou),
Yury Zhirkov (Dínamo de Moscou),
Alan Dzagoev (CSKA Moscou),
Roman Shirokov (Krasnodar), Denis Glushakov (Spartak Moscou), Viktor Faizulin (Zenit) e Oleg Shatov (Zenit)
Atacantes: Alexander Kerzhakov (Zenit), Alexei Ionov (Dínamo de Moscou),
Alexander Kokorin (Dínamo de Moscou),
Maxim Kanunnikov (Amkar Perm) e Alexander Samedov (Lokomotiv Moscou)
CONVOCAÇÃO 2018 – Lista
preliminar
Goleiros: Igor Akinfeev (CSKA Moscou), Vladimir Gabulov (Brugge),
Soslan Dzhanaev (Rubin Kazan) e Andrei Lunev (Zenit St. Petersburg).
Defensores: Vladimir Granat, Ruslan Kambolov, Fedor Kudryashov (Rubin Kazan), Ilya Kutepov (Spartak Moscou), Roman Neustadter (Fenerbahçe), Konstantin Rausch (Dínamo de Moscou), Andrei Semenov (Akhmat Grozny), Igor Smolnikov (Zenit St, Petersburg) e Mario Fernandes (CSKA Moscou).
Meio-campistas: Yuri Gazinsky (Krasnodar), Alexander Golovin, Alan Dzagoev (CSKA Moscou), Alexander Erokhin, Yuri Zhirkov, Daler Kuzyaev (Zenit St. Petersburg), Roman Zobnin, Alexander Samedov (Spartak Moscou), Anton Miranchuk (Lokomotiv Moscou), Alexander Tashaev (Dínamo de Moscou) e Denis Cheryshev (Villarreal).
Defensores: Vladimir Granat, Ruslan Kambolov, Fedor Kudryashov (Rubin Kazan), Ilya Kutepov (Spartak Moscou), Roman Neustadter (Fenerbahçe), Konstantin Rausch (Dínamo de Moscou), Andrei Semenov (Akhmat Grozny), Igor Smolnikov (Zenit St, Petersburg) e Mario Fernandes (CSKA Moscou).
Meio-campistas: Yuri Gazinsky (Krasnodar), Alexander Golovin, Alan Dzagoev (CSKA Moscou), Alexander Erokhin, Yuri Zhirkov, Daler Kuzyaev (Zenit St. Petersburg), Roman Zobnin, Alexander Samedov (Spartak Moscou), Anton Miranchuk (Lokomotiv Moscou), Alexander Tashaev (Dínamo de Moscou) e Denis Cheryshev (Villarreal).
Atacantes: Artem Dzyuba (Arsenal Tula), Alexei Miranchuk (Lokomotiv Moscou), Fedor Smolov (Krasnodar) e Fedor Chalov (CSKA Moscou).
* Os números de Mário Fernandes foram disponibilizados pelo site Transformarkt



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