A
edição 59 da Copa Libertadores tem sido classificada por muitos torcedores como
Libertadores Raiz, por envolver 16 campeões do torneio continental. Cada país
está sendo representado, nessa fase de grupos, por clubes tradicionais e
acostumados a esse tipo de competição.
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| Foto: Gazeta Esportiva |
Isso é legal, é atrativo para o torcedor, deixa a Libertadores mais competitiva, porém o termo raiz não pode ser levado ao pé da letra como ocorreu nesta semana, no duelo entra Nacional, do Uruguai, e Santos, pela 5ª rodada do grupo 6.
O
time uruguaio venceu a equipe brasileira, que já estava classificada para as
oitavas de final, por 1 a 0, mas o que marcou o confronto foi a entrada do
lateral-direito Fucile, do Nacional – curiosamente ex-atleta do Santos – no
jovem e bom atacante santista Rodrygo, de 17 anos.
O
lance aconteceu aos 28 minutos do segundo tempo, quando o Nacional já vencia o
jogo. Rodrygo recebeu passe de Dodô pelo lado esquerdo, deu uma caneta em
Fucile e ao completar o drible tomou uma entrada forte do jogador uruguaio no
pé esquerdo.
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| Foto: Globo Esporte |
A
dor foi tão intensa que o atacante, que vinha fazendo excelente partida, teve
de ser substituído e começou o tratamento no tornozelo já no banco de reservas.
Felizmente não foi algo sério, apenas dor momentânea, mas deixou visível o
quanto Fucile foi covarde e agressivo no lance.
O
próprio lateral disse após o jogo que tirou Rodrygo do jogo propositalmente,
pois o garoto estava infernizando a defesa do Nacional. Depois, quando a batata
assou para o lado dele, deu uma desculpa e alegou que foi uma brincadeira, não
teve intenção de machucar o companheiro de profissão.
O
Santos vai acionar a Conmebol para punir Fucile pela atitude antidesportiva e
se apoia no artigo 12, do Regulamento Disciplinar da entidade sul americana.
Ele estabelece que “constitui infração punível comportar-se de maneira
ofensiva, insultante ou realizar manifestações difamatórias de qualquer índole”.
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| Foto: oGol |
Acho
difícil a Conmebol suspender o jogador, talvez uma multasinha para não deixar
batido. Mas é preciso rever esses conceitos de futebol violento. A magia do
esporte é o talento dos atletas, a criatividade, o drible, a arrancada, o
passe, o gol e também a defesa, mas não dessa forma. Bater é assinar o atestado
que não tem competência para competir com o adversário. É aquela velha história
“se não sabe brincar, não desce pro play”.



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