Onze gols em dois
jogos. Nem mesmo o mais crítico dos cornetas de Mano Menezes poderia imaginar
que o time do técnico “retranqueiro” teria uma performance tão boa no returno
da fase de grupos da Copa Libertadores. Ontem diante do Vasco, em São Jenuário,
a Raposa foi inteligente, objetiva e extremamente eficaz para construir um
largo e merecido placar de 4 a 0.
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| Foto: Cruzeiro |
Mano Menezes pode
ter pensamentos de jogo diferentes do que a torcida deseja para o time, mas é
necessário admitir que o treinador celeste sabe montar estratégias que, se bem
assimiladas e executadas pelos jogadores, dão resultados. Ontem foi assim. Mano
repetiu o esquema 4-2-3-1, com Henrique e Lucas Silva formando a dupla de
volantes, Arrascaeta, Thiago Neves e Rafinha na linha de 3 e Sassá no comando do
ataque celeste.
Porém, esse sistema
variava para o 4-4-2 quando o Cruzeiro marcava, com Arrascaeta e Rafinha se
juntando à Henrique e Lucas Silva, deixando Neves e Sassá mais à frente. O
objetivo foi tirar o poder de articulação do Vasco, especialmente na saída de
bola com os volantes Wellington e Bruno Silva.
O time de Zé
Ricardo não é de dar chutões, tanto é que, ontem, deu apenas 9 lançamentos.
Mano sabia disso. Então ele resolveu marcar a dupla de volantes com Thiago
Neves e Sassá e os dois laterais, que eram acompanhados por Arrascaeta e
Rafinha. Desta forma, a bola ficou bastante tempo com os zagueiros vascaínos
Werley e Paulão que, convenhamos, não têm técnica apurada no passe longo e ai
ficavam tocando bola entre si até alguém aparecer ou surgir uma brecha na
defesa celeste. A dupla de zaga trocou 111 passes ao longo da partida. Fazendo
um comparativo, Dedé e Léo, zagueiros celestes, trocaram apenas 38 passes.
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| Foto: Vasco |
O Vasco só
conseguiu chegar com perigo no segundo tempo, quando precisava dar uma resposta
ao torcedor e tentou um abafa para fazer um gol. Foram 3 boas chances, mas
muito longe do que o torcedor queria e do que o time realmente necessitava.
E se a defesa
celeste mostrou segurança, o ataque foi impiedoso. Quatro finalizações, quatro
gols. Compacto e bem posicionado, o time colocou velocidade na bola na
transição ofensiva, com toques curtos e rápidos, deixando o Vasco perdido na
marcação. Pikachu, que tem sido o destaque do clube carioca na temporada, não
achou Arrascaeta e, por consequência, não achou Egídio.
O camisa 10
estrelado atraiu muito a marcação de Pikachu com sua intensa movimentação e
conseguiu abrir o corredor pelo lado esquerdo para que o lateral Egídio
avançasse, na maioria das vezes sem marcação, com condições para fazer o
cruzamento. O resultado foram as três assistências do camisa 6 para os 3
primeiros gols cruzeirenses.
Agora, depois de 5
rodadas, o Cruzeiro, que até a virada do turno era dado como eliminado, é líder
do grupo 5 com 8 pontos, mas tem um jogo a menos que o Racing, vice-líder. Isso
não significa que ele está classificado, até porque uma vitória da Universidad
de Chile sobre o clube argentino deixará o grupo todo embolado, com Cruzeiro,
Racing e La U com 8 pontos cada. Contudo é inegável que os 4 a 0 sobre o Vasco
foram fundamentais para uma eventual classificação, pois o time celeste atingiu
9 gols de saldo, o primeiro critério de desempate em caso de igualdade na
pontuação.
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| Foto: Uol |
Na última rodada, o
Cruzeiro enfrentará o Racing, no Mineirão, no dia 22 de maio, às 21h30. No
mesmo dia e horário, a Universidad de Chile recebe o Vasco, em Santiago.




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