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Aceitar perder é preciso, Osorio


O Brasil está nas quartas de final da Copa do Mundo. Hoje, a seleção brasileira venceu o México, por 2 a 0, gols de Neymar e Roberto Firmino, e garantiu vaga na próxima fase, na qual enfrentará a Bélgica.

Foto reprodução globoesporte.com

Para muitos, a atuação dos comandados de Tite foi a melhor do Brasil até agora no Mundial da Rússia. Longe de ter sido espetacular, mas realmente a seleção apresentou um equilíbrio maior, sobretudo se levarmos em consideração o adversário, que era melhor tecnicamente do que os outros já enfrentados, as dificuldades impostas pelo adversário, principalmente na saída de jogo do Brasil,  e o lado emocional da decisão.

Então, sim, é aceitável avaliar o jogo de hoje como o melhor da seleção brasileira na Copa. O que não é aceitável é o choro do técnico do México, Juan Carlos Osorio, que após a partida disparou críticas contra a arbitragem do italiano Gianluca Rocchi e desvalorizou o jogo da seleção brasileira.

Osorio disse que a atuação do árbitro influenciou na derrota mexicana. Segundo o treinador, Rocchi favoreceu Neymar e o Brasil dando muitas faltas para a nossa seleção e amarelando os jogadores mexicanos. De fato, estatisticamente, Osorio tem razão. Foram 17 faltas cometidas pelo México contra 4 do Brasil. Eles receberam 4 cartões amarelos, enquanto os brasileiros apenas 2. Ainda de acordo com Osorio, futebol é um esporte de contato e que o juiz deveria ter deixado o jogo fluir mais.

Foto reprodução Zimbio

Mais uma vez, o treinador mexicano está correto. Futebol tem contato, mas isso não significa pontapés. Neymar apanhou, William apanhou e Coutinho apanhou. As faltas cometidas pelo pessoal da terra da tequila foram claras, passíveis de amarelo. E deram sorte de não ter o volante Herrera expulso. Mesmo amarelado, ele continuou batendo.

Osorio dizer que a atitude do árbitro de dar amarelo e marcar faltas a favor do Brasil atrapalhou a concentração do time dele é desvalorizar o que a seleção brasileira fez e ignorar o que o time mexicano não fez. O Brasil jogou bola. É verdade que nos primeiros 20 minutos o México foi melhor. Mas uma partida são 90 minutos mais os acréscimos.

A única finalização perigosa do México foi no segundo tempo com Vela, em que Alisson, por segurança, deu um tapa pra fora. No mais o México mandou uma chuva de bola pra área, 25 no total, sendo 3 cruzamentos certos, e tentou chutes de média e longa distância. Ao todo, foram 12 chutes ao gol, mas apenas um no alvo.

Foto reprodução globoesporte.com

A seleção brasileira foi mais eficiente ou inteligente, se preferir. Teve menos posse de bola, trocou menos passes, mas finalizou mais, 18 contra 12, desarmou mais, 27 contra 18, e bateu menos, 6 faltas contra 17. Desse jeito, nem mesmo a mais perfeita atuação do melhor árbitro do mundo iria impedir a vitória brasileira. Agora, que venha a Bélgica! Final antecipada, mas o Brasil parece preparado para a decisão.

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