A CBF confirmou a
renovação do técnico Tite até 2022, ano da próxima Copa do Mundo, que será
realizada no Catar. Após a eliminação nas quartas de final do Mundial da
Rússia, o treinador brasileiro começa os trabalhos à frente da seleção a partir
do dia 30/07, já pensando nos dois amistosos que o Brasil deverá disputar em
setembro contra EUA e El Salvador. A realização das partidas ainda está sendo
negociada.
Foto reprodução Es Brasil |
A pergunta que fica
é: e agora? Será que o Adenor vai manter os jogadores que ele convocou para a
Copa da Rússia? Será que ele vai manter o sistema de jogo, que foi criticado
após a eliminação? São perguntas que serão respondidas em breve, caso os
amistosos de setembro sejam confirmados.
Decepções na Copa e
a impossibilidade de alguns nomes serem convocados para o Mundial de 2022
devido à idade alimentam a expectativa de que Tite dará oportunidades a
jogadores que atuam no futebol brasileiro. Aliás, esse foi um dos
questionamentos mais feitos por torcedores sobre a convocação do treinador. Dos
23 nomes apenas 3 atuam no Brasil, o goleiro Cássio e o lateral-direito Fágner,
do Corinthians, e o zagueiro Geromel, do Grêmio.
Ouvi e li muitos
pedidos para que Tite desse mais chances aos jogadores que atuam no Brasil como
forma de ganhar mais o apoio do torcedor, que teria o jogador do seu time convocado
para defender a seleção. Realmente, quando isso acontece o carinho do torcedor
pela seleção é maior. Mas está ficando difícil garimpar um bom jogador que atua
no país para defender a seleção. Com a exceção de alguns nomes, os clubes
brasileiros estão vendendo seus craques no melhor estilo “limpa estoque”.
Foto reprodução Goal.com |
Craques, revelações
e atletas destaques estão sendo vendidos sem nem mesmo terem completados 18
anos. Exemplos disso são Vinícius Júnior, ex-Flamengo que foi negociado com o
Real Madrid, e Rodrygo, atualmente no Santos, mas que também foi vendido ao
clube espanhol. Vinícius se destacou nas categorias de base e em maio de 2017
foi vendido ao Real por 45 milhões de Euros, cerca de R$ 164 milhões. Na época
ele tinha 17 anos e não poderia se transferir para a Espanha, mas este ano, no
meio da temporada, teve de deixar o Flamengo, quando vivia um ótimo momento e
ir para o clube merengue.
O mesmo caso é o de
Rodrygo. Em junho deste ano, o Santos acertou a venda do jovem de 17 anos por
45 milhões de Euros, na cotação atual R$ 193 milhões. Em janeiro de 2019, ele
completará 18 anos e irá pegar o avião rumo à Madrid. Dois jovens que vinham se
destacando no futebol nacional vão para a Europa com a incerteza se vão dá
certo ou não. Talento eles têm, mas a gente sabe que nem sempre isso é
suficiente para se dar bem nas grandes ligas.
Ainda como exemplos
temos o meia Arthur, do Grêmio, de 21 anos, que foi vendido em julho deste ano
para o Barcelona por 31 milhões de Euros, cerca de R$ 140 milhões, e Paulinho, 18
anos, que era do Vasco e foi negociado com o Bayer Leverkusen por 20 milhões de
Euros, em torno de R$ 85 milhões.
Foto reprodução Fox Sports |
No abismo
financeiro que os clubes brasileiros estão vivendo qualquer milhão de Euro já
enche os olhos dos cartolas. Por isso, é difícil manter os bons atletas no
nosso futebol. E o triste é saber que, muitas vezes esse dinheiro que entra
rapidamente sai para pagar dívidas que foram acumuladas ao longo de péssimas
administrações. Falta gestão ao nosso futebol, tanto de quem organiza ele como
de quem administra os clubes.
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