A virada do ano
para o torcedor atleticano trouxe muitas dúvidas de como seria a temporada 2018
da equipe. Diretoria nova, elenco renovado, a saída de medalhões como Fred e
Robinho, clube evidenciando as dificuldades de caixa e investindo em apostas.
Foto reprodução Superesportes |
O ano começou e
antes mesmo do final do Campeonato Mineiro, o técnico Oswaldo de Oliveira
deixou o clube. Quem assumiu a “bronca” no Atlético foi o auxiliar Thiago
Larghi, profissional de 37 anos que nunca havia comandado uma equipe de futebol
profissional. Àquela altura, o torcedor atleticano pensava “é, 2018 será um ano
daqueles!” E de fato está sendo, mas não pelo lado ruim.
Mesmo com toda
desconfiança, Larghi ajustou a casa, ganhou reforços e deu uma cara ao
Atlético. O trabalho foi reconhecido, ele foi efetivado como técnico e apesar
de alguns resultados negativos, que fazem parte desse esporte, o Atlético termina
a 23ª rodada do Brasileirão no grupo das equipes que se classificam à
Libertadores, dono do melhor ataque com 38 gols, e a 8 pontos do líder Internacional,
ou seja, diferença que, apesar dos pesares, pode ser tirada, quem sabe!
Foto reprodução Hoje em Dia |
A vitória sobre o
São Paulo na noite de ontem, no Independência, mostrou que o Galo pode sonhar
mais alto. Claro, é preciso saber das limitações do elenco, especialmente se
comparados à Flamengo, o próprio São Paulo, Palmeiras, Grêmio e o
Internacional, os clubes que fazem parte do G6 junto com o Atlético. Mas de um
jeito mineiro, chegando aos poucos, o alvinegro pode figurar, pelo menos, no
G4, garantindo a vaga direta para a Libertadores 2019, o que era inimaginável
no início do ano.
Thiago Larghi tem
uma equipe mesclada entre jovens e experientes jogadores. Adotou o esquema
4-1-4-1 e melhorou de forma significativa a saída de jogo do time, dando mais
poder de fogo no ataque. O que tem tirado o sono do treinador e da torcida é a
defesa, que já levou 28 gols no campeonato. Falta a compactação entre zagueiros
e meio de campo, para fechar os espaços aos adversários, e melhorar a bola
aérea defensiva.
Foto: Atlético MG |
O que fica é a boa
perspectiva para o ano que vem. Me lembro bem que, em 2012, no vice-campeonato
Brasileiro, o técnico Cuca montou a base da equipe que seria campeã em 2013 da
Copa Libertadores. Comparações à parte, sobretudo de elenco, mas um
planejamento começa assim. Pensando no curto, médio e longo prazo. O Galo pode
não ser o time que o torcedor queria ter no momento, mas sem dúvida vem se
esforçando para poder chegar lá.
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